domingo, 30 de setembro de 2007

GENEROS DISCURSIVOS: RELATO DE EXPERIENCIA

A SITUAÇÃO COMUNICATIVA DO GÊNERO RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Jocília Rodrigues da Silva (UFBP)
Poliana Dayse Vasconcelos Leitão (UFPB)
1. INTRODUÇÃO

Para transformar as atuais práticas de ensino-aprendizagem da língua materna faz-se necessário adotar a noção de gênero, visto que os gêneros textuais articulam as práticas sociais e os objetos escolares, constituindo-se em instrumentos privilegiados para o desenvolvimento das capacidades necessárias à compreensão/ produção oral e escrita dos mais variados textos existentes, pois, como afirmam muitos estudiosos, aprender a falar, ler e escrever é, principalmente, aprender a compreender e produzir enunciados através de gêneros. Entretanto, em virtude de o trabalho com esta noção ser ainda recente e estar se expandindo, verifica-se a necessidade de pesquisas voltadas para a descrição dos gêneros e para a intervenção, com vistas ao desenvolvimento das habilidades para apropriação de gêneros.
Tendo em vista tal necessidade, pretendemos esboçar um modelo escolar de relato de experiência, que favoreça, sobretudo, a formação de professores. Nesse sentido, a pesquisa sobre a descrição dos gêneros se torna imprescindível e anterior a qualquer projeto de intervenção didática, pois segundo Schneuwly & Dolz (1997), o gênero trabalhado como objeto de ensino-aprendizagem é sempre uma variação do gênero de referência.
Com essa visão, o presente trabalho tem por objetivo reunir elementos para a descrição do gênero relato de experiência, observando o nível da situação de ação de linguagem, isto é, a situação comunicativa em que os textos pertencentes a esse gênero são produzidos. O corpus deste trabalho está constituído de 15 relatos de experiência, sendo 05 relatos da revista Leitura: Teoria e Prática, 05 da revista Psicopedagogia e 05 da revista Linha D’água.
2. SITUANDO O RELATO DE EXPERIÊNCIA NOS AGRUPAMENTOS DOS GÊNEROS
De acordo Schneuwly (1998:04), o termo gênero, advindo da retórica e da literatura, ganhou extensão na obra de Bakhtin (1979), que define gênero como sendo tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados em cada esfera de troca (lugar social dos interlocutores), os quais são caracterizados pelo conteúdo temático, estilo e construção composicional, e escolhidos em função de uma situação definida por alguns parâmetros (finalidade, destinatários, conteúdo). Ou seja, os gêneros do discurso seriam formas de dizer sócio-historicamente cristalizadas provenientes das necessidades produzidas em diferentes lugares sociais da comunicação humana.
Como afirmam Santos & Barbosa (1999: 04), a noção de gênero considera, além dos elementos da ordem do social e do histórico, aspectos estruturais do texto, situação de produção e forma de dizer. Esta noção de gênero vem sendo adotada para o processo de ensino/ aprendizagem de língua materna, favorecendo uma melhor produção e compreensão de textos orais e escritos, através da seleção que oriente as propostas curriculares, definindo princípios, delimitando objetivos, conteúdos e atividades (Santos & Barbosa, op.cit. p. 05).
Dolz & Schneuwly (1996), vislumbrando o processo ensino/aprendizagem, propuseram cinco agrupamentos de gêneros com base em três critérios: domínio social da comunicação a que pertencem; capacidades de linguagem envolvidas na produção e compreensão desses gêneros e sua tipologia geral. São eles:
a) Agrupamento da ordem do narrar – envolve os gêneros cujo domínio é o da cultura literária ficcional, marcados pela manifestação estética e caracterizados pela mimesis da ação através da criação, da intriga no domínio do verossímil.. Exemplos: contos de fada, fábulas, lendas, narrativas de aventura, de enigma, ficção científica, crônica literária, romance, entre outros.
b) Agrupamento da ordem do relatar – comporta os gêneros pertencentes ao domínio social da memorização e documentação das experiências humanas, situando-as no tempo. Exemplos: relato de experiências vividas, diários íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, crônicas jornalísticas, relatos históricos, biografias, autobiografias, testemunhos etc.
c) Agrupamento da ordem do argumentar – inclui os gêneros relacionados ao domínio social da discussão de assuntos sociais controversos, objetivando um entendimento e um posicionamento frente a eles, exigindo para tanto, sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição. Exemplos: textos de opinião, diálogos argumentativos, cartas de leitor, cartas de reclamação, cartas de solicitação, debates regrados, editoriais, requerimentos, ensaios argumentativos, resenhas críticas, artigos assinados, entre outros.
d) Agrupamento da ordem do expor – engloba os gêneros relacionados ao domínio social de transmissão e construção de saberes, visando de forma sistemática possibilitar a apreensão dos conhecimentos científicos e afins, numa perspectiva menos assertiva e mais interpretativa, exigindo a apresentação textual de diferentes formas dos saberes. Exemplos: textos expositivos, conferências, seminários, resenha, artigos, tomadas de notas, resumos de textos expositivos e explicativos, relatos de experiência científica.
e) Agrupamento da ordem do descrever ações – reúne os gêneros cujo domínio social é o das instruções e prescrições, revisando a regulação ou normatização de comportamentos. Exemplos: receitas, instruções de uso, instruções de montagens, bulas, regulamentos, regimentos, estatutos, constituições, regras de jogo.
Neste enfoque, o relato de experiência de atuação profissional é entendido com um gênero de texto que pertence ao agrupamento dos gêneros da ordem do expor, cujo domínio social de comunicação é o da transmissão e construção de saberes. Nesse sentido, quando informado teoricamente, o relato de experiência permite a apreensão de conteúdos numa perspectiva que envolve a interpretação ao lado da asserção, constituindo-se num instrumento relevante para registrar a produção do conhecimento sobre a construção do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula.
2. 1. Situação de ação de linguagem (ou comunicativa).
De acordo com Schneuwly (1998, apud Machado, 1999, p. 97), toda produção textual tem como base de orientação uma situação de ação de linguagem, que envolve representações do produtor sobre aspectos dos mundos físico e sócio-subjetivo. Essas representações se manifestam em duas direções: a do contexto de produção, constituído por oito tipos de representações: local, momento de produção, emissor, receptor, instituição onde se dá a interação, o papel social representado pelo emissor e receptor, objetivos que o enunciador quer atingir sobre o destinatário; e a do conteúdo temático, aquilo que é ou pode ser dito, através do gênero, marcado por uma construção composicional, estilo.
Considerando esta perspectiva, tentaremos descrever como se manifestam as representações do contexto de produção em relatos de experiência de atuação profissional, publicados em periódicos. A observarmos os relatos de experiência de atuação profissional em três diferentes periódicos de divulgação científica, verificamos que o primeiro agente a influenciar a produção desse gênero é a instituição onde se dá a interação, representada pela Associação de Leitura do Brasil (ALB) encarregada da publicação da Revista Leitura: Teoria e Prática; Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABP) responsável pela publicação da Revista Psicopedagogia, e a Associação de Professores de Língua e Literatura (APLL) que publica a Revista Linha D’água. É interessante ressaltar que o fato de as revistas estarem vinculadas a associações revela que elas têm um posicionamento sócio-histórico e ideológico determinado e que seus informantes, bem como os assinantes aceitam esse posicionamento. Outro aspecto importante é que todas as revistas analisadas afirmam que os artigos assinados são de responsabilidade dos autores, mas se reservam o direito de publicar ou não as matérias enviadas. A partir, desta afirmação constata-se que o conselho editorial das revistas mantém controle sobre o que é publicado e, num tom sugestivo, direciona a leitura do leitor, uma vez que acredita conhecer o perfil de seus leitores-modelo, dessa forma, o como de ação adotado no e pelo discurso se constrói no conteúdo previsto.
Levando em conta os leitores-modelo, constatamos nos periódicos analisados, três tipos: 1) Na revista Leitura: Teoria e Prática, segundo Silva (1998), seu destinatário é um professor-leitor em formação que assume a postura reflexiva e crítica diante da leitura[1]; 2) Na revista Linha D’água, o leitor é um professor de Língua e Literatura em nível de 1º e 2º graus “interessado, à procura de questões que possam levá-lo a rever sua prática ou um professor cansado e explorado, querendo respostas, caminhos claros que facilitem sua tarefa tão pouco satisfatória quanto aos resultados educacionais e financeiros. Em um ou outro caso, é um professor que ainda não perdeu o entusiasmo e se interessa por publicações de sua área e procurando respostas prontas questiona as que obteve e ao encontrar novas questões assume-as com rigor de certeza” (Mariano, 1988); 3) Na revista Psicopedagogia, os destinatários são profissionais atuantes na área de Psicopedagogia e áreas afins (Fonoaudiologia, Psicologia, Pedagogia, Serviço Social), preocupados em definir as abordagens preventivas e terapêuticas de Psicopedagogia. (Noffs, 1998).
Percebemos que ao controlar os artigos a serem publicados, a instituição através do conselho editorial também seleciona os papéis de produtor, que se assemelham ao perfil de leitor-modelo esperado pela revista. Desse modo, vamos ter como emissor da revista Leitura: Teoria e Prática, alunos e/ou professores envolvidos com atividades em nível de 3º grau ou pós-graduação e bibliotecários, preocupados com o ensino-aprendizagem de leitura nos seus aspectos teóricos e práticos. Na revista Linha d’água, o emissor está representado por professores do 3º grau ou mestrandos, interessados em divulgar seus trabalhos e contribuir para a melhoria das práticas de leitura e produção de textos no ensino de 1º e 2º graus. Na revista Psicopedagogia, o emissor é um profissional graduado em Pedagogia, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social e área afins, com pós-graduação em nível de mestrado e/ou doutorado em Psicopedagogia, preocupados com os problemas de aprendizagem escolar.
Tendo em vista os perfis de leitores e produtores, podemos constatar que as revistas Leitura: Teoria e Prática e Linha d’água têm como finalidade estabelecer um diálogo com o receptor, possibilitando-lhe o acesso a informações e experiências a respeito da leitura e produção de textos, a reflexão sobre sua própria prática e a mudança de perspectiva. Além de se preocupar com a formação do professor-leitor reflexivo e crítico, a revista Psicopedagogia objetiva informar os profissionais de Psicopedagogia e áreas afins quanto às possíveis soluções para os problemas de ensino-aprendizagem de ordem patológica ou não.
Em função dos objetivos traçados por cada revista, verificamos que estes refletem o discurso de transformação social, divulgado pelo momento sócio-histórico em que vivemos, assimilado no contexto educacional, através da teoria sócio-interacionista de Vygotsky e da de leiturização de Foucambert, fundamentada nas idéias de Paulo Freire.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da observação das direções que norteiam as representações dos gêneros textuais, o contexto de produção e o conteúdo temático, verificamos que, nos periódicos analisados, os relatos de experiência refletem a representação que os periódicos têm acerca do mundo físico e sócio-subjetivo relacionado ao processo de ensino-aprendizagem. Conseqüentemente, no momento em que os produtores e leitores-modelo escolhem um determinado periódico como referencial para seu trabalho, assumem a representação nele apresentada.
Assim sendo, constatamos, como afirma Schneuwly, que o relato de experiência, assim como toda produção textual, orienta-se por uma situação de ação de linguagem que está pautada num contexto sócio-histórico-ideológico determinado. Esse contexto é refletido na concepção teórico-metodológica divulgada pelo periódico, norteando os relatos de experiência que, por sua vez, interferem na formação e atuação do professor.
No caso dos periódicos analisados, estes divulgam o discurso de transformação social, mostrando que tal transformação depende do professor. Este deve assumir uma postura crítica e reflexiva sobre sua postura de ensino, reavaliando-a e modificando-a, implicando numa mudança de perspectiva.
CIDINHA

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

GÊNEROS QUE CIRCULAM EM NOSSA ÁREA DE CONHECIMENTO E DISCIPLINA

a) Gêneros que circulam na nossa área de conhecimento
Imagens, Músicas, Biografias, Dissertação, Relatos, Teatro, jornalisticos, H Q, Filme, Sinopse, ...(NEUZA)
Questões gramaticais, literatura, Bibliografia, Resumo, Revistas, Dissertação, Resenha, Narrativas, Filmes, (Cidinha)
b) Gêneros que circulam nas nossas aulas

Imagens, Musicas, HQ, Sinopse, Produção a partir de Obras de arte, Seminarios, Textos informativos, Propaganda, anuncio, (Neuza)
Produções de textos, Resumo, Redação, Obras literárias, jornais, revistas, questões, (Cidinha)
c) Dificuldades apresentadas nos textos lidos, escritos ou em determinados gêneros
Apresentam dificuldades em determinados textos, principalmente na leitura entrelinhas de imagens. (Neuza)
As dificuldades apresentadas são na dissertação, ou em questões subjetivas, (Cidinha)
d) As dificuldades mais frequentes
As dificuldades mais frequentes geralmente se apresentam no momento de opinar ou criticar uma obra de arte, não conseguem opinar, por falta de argumentação e oralidade. (Neuza)
As dificuldades mais frequentes são na escrita, misturam a escrita com a escrita da internet. (Cidinha)
e) Hipóteses levantadas a respeito das dificuldades apresentadas pelos alunos durante as atividades de leitura e produção de texto
Apresentam grandes dificuldades em expor suas opiniões e falta oralidade, querem sempre encontrar as respostas no texto ou devem estar óbvias, não sabem ler nas entrelinhas ou contextualizar o movimento de arte com os acontecimentos históricos, culturais ou sociais a que esta relacionado. (Neuza)
Falta de leitura diária, eles não demonstram interesse pela literatura (livros) (Cidinha)

TEXTO: ÁLCOOL, CRESCIMENTO E POBREZA (ENEM)

O texto mostra disparidade na agricultura brasileira, na qual convivem alta tecnologia e proporções precárias de trabalho, que a charge preza.

Conhecimentos, Capacidades e Habilidades necessárias para responder a questão:

*Percepções de relato e intertextualidade;
*Percepção de outras linguagens;
*Checagem de Hipóteses;
*Comparação de informações...

ANTECIPAÇÃO E CHECAGEM DE CONCEITOS: TEXTO E LEITURA

LEITURA: Decodificação e interpretação





Texto: Organização de idéias, sentimentos, opiniões, relatos...
CHECAGEM DE CONCEITOS

Texto- é toda construção cultural que adquire um significado devido ao sistema de códigos e convenções. Podendo combinar com imagens ou não. E também servem como extensão e complementação de diversos outros textos.
Leitura - é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto. Trata-se de decodificação do contexto e não de letra por letra. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Lingua Portuguesa.

domingo, 23 de setembro de 2007

SINOPSES


BERNARDO GUIMARÃES - A ESCRAVA ISAURA

Resumo:O livro trata de Isaura, escrava que nasceu quase branca e é tratada como filha por sua sinhá, alvo da luxúria e paixão de Henrique (fugazmente), Leôncio (maléfica, controladora e luxuriante), Belchior (ridícula, servil e confusa) e Álvaro (pura e amorosamente). Outros sentimentos dirigidos a Isaura incluem a inveja de Rosa (outra escrava, preterida por Leôncio como amante)e o carinho de seu pai Miguel. No começo trata-se do passado de sua mãe, maltratada por seu dono, o pai de Leôncio, que a tem com um ex-feitor de bom coração. Quando estava para ser forra morre este dono e Leôncio a herda, sem intenções de alforriá-la. A esposa deste o deixa e ele manda Isaura para um cativeiro. De lá ela e o pai fogem para Recife onde conhece Álvaro e se apaixona por ele. Vai a um baile da alta sociedade e é muito admirada por seus dotes físicos e culturais, mas é denunciada como escrava pelo ganancioso Martinho. De volta no Rio é presa por dois meses no tronco e seu pai vai para a cadeia. Prestes a ser liberta para se casar obrigada com o deformado Belchior pela liberdade, achando que Álvaro está casado, é impedida por este que liquida os bens de do falido Leôncio, que se mata para fugir da humilhação. A história foi adaptada várias vezes para outras mídias, a mais célebre sendo a novela com Lucélia Santos no papel-título.

GENEROS DISCURSIVOS: RELATO DE EXPERIENCIA CIENTIFICA

RELATO DE EXPERIÊNCIA
SERVIÇO DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO NA BIBLIOTECA DE UM LABORATÓRIO FARMACÊUTICO - UM ESTUDO PRÁTICO
ROBSON DA SILVA TEIXEIRA

Resumo: Descreve um estudo de usuários visando identificar qual a relação entre o usuário e o Serviço de Recuperação da Informação (SRI) da Biblioteca de uma indústria farmacêutica, estabelecendo uma metodologia para verificação de perfis de usuários potenciais. Um questionário com 22 perguntas foi aplicado a 70 colaboradores, obtendo-se um retorno de 36 questionários, 51,4% da amostragem. Os resultados revelaram que a relação entre os usuários e o SRI está na faixa entre bom e ótimo.

GENEROS DISCURSIVOS: BOLETIM DE AVALIAÇÃO



Os alunos recebem um Boletim de Avaliação, que indica com clareza seus pontos fortes e os setores em que devem aperfeiçoar-se: um verdadeiro diagnóstico da prova.
Com este sistema, tanto os pais como a escola podem analisar o boletim do aluno, proporcionando o apoio necessário para a superação das dificuldades.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

GENEROS DISCURSIVOS: CHARGE JORNALISTICA


A charge jornalística se caracteriza por ser um texto visual humorístico e
opinativo, que critica um personagem ou fato político específico. Fundamenta-se
em um quadro teórico atual, envolvendo princípios da Análise do Discurso da
Lingüística Textual. Sua construção baseia-se na remissão a um universo textual
geralmente dado pelo próprio jornal. As charges jornalísticas mantêm relações
intertextuais com textos verbais, visuais e verbais e visuais conjuntamente. O que
torna singular é a demonstração perspicaz da propriedade carnavalesca da charge
de congregar, num jogo polifônico, o verso e o reverso do que tematiza. Dessa
maneira o chargista, através do desenho e da língua, utiliza o humor para
destronar os poderosos e buscar o que está oculto em fatos, personagens e ações
políticas. Ele transmite o objeto da charge pela intertextualidade com os textos
publicados no próprio jornal. A polifonia, a ambivalência e o humor do texto
chárgico fazem com que ele afirme e negue, eleve e rebaixe ao mesmo tempo,
obrigando o leitor a refletir sobre fatos e personagens do mundo político, uma vez
que põe a nu aquilo que está oculto por trás deles.

GENEROS DISCURSIVOS: ROMANCE POLICIAL

A ESTRUTURA DO ROMANCE POLICIAL: uma introdução
Adriana Maria Almeida de Freitas

Vários autores tentaram sistematizar as regras do romance policial. François Fosca, em Histoire et technique du roman policier[1] fez a seguinte síntese: parte-se de um caso aparentemente inexplicável; uma (ou mais) personagem é culpada injustamente , a partir de índices superficiais; o analista (detetive) observa, raciocina e derruba as teorias apressadas; a solução do caso é sempre coerente e imprevista; quanto mais extraordinário for o mistério, mais fácil será sua resolução (como, por exemplo n’ Os crimes da Rua Morgue); o que permanece no final é sempre a solução correta.
De fato, o antológico Dupin utiliza o método hipotético-dedutivo, partindo dos fatos, chegando a uma teoria provisória que lhe possibilita voltar aos fatos para verificar se tudo foi explicado. Ao término dessa etapa, a investigação é encerrada e, em seguida, o culpado é desmascarado.
Para o detetive não há, pois, obstáculo intransponível: ele é infalível e sua função é desvelar a trama arquitetada. No romance policial clássico, se o detetive porventura se enganar, isto é atribuído à baixa qualidade da história, pois não há mistério capaz de derrotar um verdadeiro detetive-analista.
Assim, o detetive aparece sempre como uma figura excêntrica, dotada de uma enorme superioridade intelectual, bastante cerebral, solteiro, cheio de manias e incapaz de amar.

GENEROS DISCURSIVOS- PRODUÇÃO: NOTICIAS POPULARES


JOVEM É ENCONTRADO MORTO


No último dia 17, na pequena cidade de Jales, um jovem ouve a campainha da porta, caminha até a porta e vê um homem caído na soleira, corre o olhar em torno e constata que não há ninguém no corredor. Abaixa-se e com o celular nas mãos resolve acionar a Policia Militar. Não sabe se o homem está vivo ou não e resolve tocá-lo com os dedos, percebendo que sua respiração estava fraca, liga também para o Pronto Socorro daquela localidade. Dentre alguns minutos comparecem a viatura da policia e a ambulância, que logo constatam que é um cadáver com o corpo frio e rigido. Não se sabe ainda qual o motivo da barbárie, pois era um jovem de apenas dezoito anos, o que se constatou foi que o mesmo estava ferido mortalmente´por um punhal na região do abdome.

ESFERAS DE ATIVIDADES HUMANAS

CONGRESSO NACIONAL
Esfera de atividade representada: Politica
Atores envolvidos: Deputados e Senadores
Interesses/ perspectiva em jogo: Defender os interesses políticos
Exemplos de atividades realizadas na esfera: Criação de Leis e Projetos
Gênero em circulação: Leis

DIARIO DE NOTICIAS
Esfera de atividades representada: jornalistica
Atores envolvidos: jornalistas, redatores, diretor, fotografo, editor
Interesses/ perspectiva em jogo: Transmitir informações
Exemplos de atividades realizadas: jornalista: vai atras da noticia;
redator: escreve a noticia para a redação; diretor: confere a noticia e aprova ou não; fotografo: tira as fotos; editor: edita a noticia
Genero em circulação: editorial

LABORATORIO DE QUIMICA
Esfera de atividades representada: Cientifica
Atores envolvidos: Quimicos, cientistas e estudantes
Interesses/ perspectiva em jogo: Realizar experiencias e novas descobertas cientificas
Exemplos de atividades: Quimicos: cria as formulas; cientistas: testam as fórmulas e os estudantes auxiliam.
Genero em circulação: Relatorio cientifico

SALA DE AULA
Esfera de atividades representada: escolar
Atores envolvidos: professores, alunos, serventes, cozinheiras, inspetores, diretor, coordenador, ...
Interesses / perspectiva em jogo: Promover a aprendizagem
Exemplos de atividades: professores: transmite conhecimento; aluno: assimila as informações; serventes: limpam o ambiente escolar; cozinheiras: responsáveis pela alimentação; inspetores: auxiliam os professores quando os alunos estão fora da sala de aula; diretor: responsavel pela gestão escolar; coordenador: auxilia nos trabalhos pedagógicos;
Gênero em circulação: Comunicação oral

O LIVRO QUE MARCOU A MINHA VIDA


O Caçador de Pipas
KHALED HOUSSEINI


Sinopse: Este romance conta a história da amizade de Amir e Hassan, dois meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no Afeganistão da década de 1970. Amir é rico e bem-nascido, um pouco covarde, e sempre em busca da aprovação de seu próprio pai. Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido por coragem e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção. Após desperdiçar a última chance, Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão, mas vinte anos depois Hassan e a pipa azul o fazem voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado.


- Cidinha

O LIVRO QUE MARCOU A MINHA VIDA


POLIANA-ELEANOR H. PORTER
Sinopse: Aos 11 anos, Pollyanna é uma menina capaz de ficar feliz até nos piores momentos de sua vida, para driblar a tristeza e todos os seus problemas ela inventa o jogo do contente. Assim ela contagia a todos da sua pequena cidade. Poliana é um livro incrível. É um romance para todas as gerações.

Neuza

CHECAGEM DA ANTECIPAÇÃO

Checagem da antecipação do livro: Se um viajante numa noite de inverno
É um livro sobre o processo de leitura, acertamos em parte, pois relacionamos com a leitura de um livro e não ao processo.

domingo, 16 de setembro de 2007

SINOPSE DE LIVRO


JOÃO CABRAL DE MELLO NETTO - MORTE E VIDA DE SEVERINA



O retirante Severino deixa o sertão pernambucano em busca do litoral, na esperança de uma vida melhor. Entre as passagens, ele se apresenta ao leitor e diz a que vai, encontra dois homens (irmãos das almas) que carregam um defunto numa rede. Severino conversa com ambos e acontece um denúncia contra os poderosos, mandantes de crimes e sua impunidade. O rio-guia está seco e com medo de se extraviar, sem saber para que lado corria o rio, ele vai em direção de uma cantoria e dá com um velório. As vozes cantam excelências ao defunto, enquanto do lado de fora, um homem vai parodiando as palavras dos cantadores.. Cansado da viagem, Severino pensa em interrompê-la por uns instantes e procurar trabalho. Ele se dirige a uma mulher na janela e se oferece, diz o que sabe fazer. A mulher, porém é uma rezadeira. O retirante chega então à Zona da Mata e pensa novamente em interromper a viagem. Assiste, então, ao enterro de um trabalhador do eito e escuta o que os amigos dizem do morto. Por todo o trajeto e em Recife, ele só encontra morte e compreende estar enganado com o sonho da viagem: a busca de uma vida mais longa. Ele resolve se suicidar, como que adiantando a morte, nas águas do Capiberibe. Enquanto se prepara para o desenlace, conversa com seu José mestre carpina, para quem uma mulher anuncia que seu filho havia nascido. Severino, então, assiste à encenação celebrativa do nascimento, como se fora um auto de Natal. Seu José tenta dissuadi-lo do suicídio.

O QUE É BLOG

Um blog é um site de fácil utilizção, onde você pode postar rapidamente o que pensa, e interagir com outras pessoas e muito mais.
Cidinha

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

ANTECIPAÇÃO OU PREDIÇÃO DO TITULO DO LIVRO DE CALVINO

De acordo com o título do livro de Calvino, imagina-se que um personagem realizará uma viagem por meio da leitura numa noite fria, se entregando ao mundo da imaginação.

PARÓDIA DE UM TRECHO DO TEXTO DE CALVINO


SE UM VIAJANTE NUMA NOITE DE INVERNO


Estique seus membros inferiores, relaxe os seus pés na almofada, ou em seu animalzinho de estimação, ou na cabeceira da cama, ou num ursinho de pelúcia, no edredon, ou num amontoado de roupas para passar. Antes, tire os sapatos (deixe-os fora, do ambiente, devido ao chulé) se quiser os pés fresquinhos; ou fique calçado que será melhor, assim evitará odores desagradáveis enquanto realiza a leitura.

DEPOIMENTO: LEITURA E ESCRITA



Ler é aprender e conhecer novos mundos e personagens, quando criança li muito, desde os livros infanto-juvenis como os clássicos brasileiros. Hoje em dia não leio muito, ou por falta de tempo ou por outros motivos. Mas ainda continuo lendo quando possivel, espero nunca perder esse hábito.
Cidinha

DEPOIMENTO DE LEITURA E ESCRITA


Desde muito pequena sempre gostei de ler, para mim ler é viajar, conhecer pessoas e lugares. Via nos livros uma fuga da minha realidade (meu pai era alcólatra e vivíamos com muitas dificuldades), com os livros poderia conhecer e participar de aventuras que nunca imaginava que iria vivenciar um dia. Leio tudo, sou como uma traça em uma biblioteca, tenho interesse por diversos gêneros, desde gibis até literatura clássica. É claro que, depois da leitura seleciono os que gostei ou não, para indicar a amigos ou ate mesmo a minha filha.
Neuza

CONCLUSÃO DOS FÓRUNS NO BLOG

Por meio dessa nova experiencia, (desenvolver pequenos textos e postar em um blog) percebemos o quanto é importante a leitura e escrita em nossas vidas, principalmente como interagir por meio da internet com pessoas diferentes e compartilhar conceitos e pensamentos.

LEITURA E ESCRITA DEVEM MERECER ATENÇÃO DE TODAS AS ÁREAS?







Com certeza, leitura e escrita está presente em todas as disciplinas. A escrita está presente e consequentemente para decifrar os códigos precisamos realizar leitura. A escrita se apresenta também por meio de imagens e a leitura de imagens é introduzida desde os primeiros anos de nossa vida.

Ler e Escrever deve ser compromisso de todas as áreas, pois estão presentes em nossas vidas. A escrita se encontra por todos os lados em vários gêneros, é impossivel andar pelas ruas sem se deparar com a escrita ou símbolos em fachadas, sinalização, enfim, para decifrar esses códigos precisamos decodificar e interpretar, e isso ocorre por meio da leitura.
Cada vez mais tenho a certeza de que ler e escrever é compromisso de todos, sem distinção de disciplinas ou localidades, a começar pela familia, sociedade e escola. Cada qual tem a sua parcela de responsabilidade, não importando a disciplina ou conteudo abordado todos temos esse compromisso em estimular a aprendizagem de leitura e escrita em nossos filhos, alunos , enfim cidadãos.

RELATO DE EXPERIÊNCIAS


Concluimos que algumas pessoas tiveram dificuldades em criar os blogs, mas gostaram muito da nova experiência .

sábado, 8 de setembro de 2007

DEFINIÇÃO DE BLOG

BLOG
Blog é uma abreviação de weblog, qualquer registro frequente de informações pode ser considerado um blog (últimas notícias de um jornal online por exemplo).A maioria das pessoas tem utilizado os blogs como diários pessoais, porém um blog pode ter qualquer tipo de conteúdo e ser utilizado para diversos fins. Uma das vantagens das ferramentas de blog é permitir que os usuários publiquem seu conteúdo sem a necessidade de saber como são construídas páginas na internet, ou seja, sem conhecimento técnico especializado.
Neuza